Marketing sem sincronia - Click
Não é raro ver que o marketing, satisfazendo às necessidades industriais de vender o máximo possível, pode afastar um produto de seus clientes mais interessados, levando-o a um grupo consumidor que, apesar de comprá-lo, não o valorizará como poderia.
Um grande e atual exemplo disto está no recente lançamento no cinema de "Click", com Adam Sandler.
Estou certo de que milhares de adolescentes e casais de namorados terão uma experiência comparável a assistir um filme do Eddie Murphy na sessão da tarde, ao comprarem seus ingressos para "Click".
Sim, eles acharão a história engraçada, mas não conseguirão nem lembrar de que um dia assistiram a este filme.
Estou ainda mais certo de que a crítica terá muito o que falar mal de "Click", enquanto o estiver comparando a seus hypes independentes, ou mesmo a filmes do início de carreira do Sandler... Quem se importa?
Enquanto isso, nós, pessoas com mais de 30 anos de idade com alguma história de vida pra discutir e aquela constante batalha diária entre carreira profissional e vida pessoal, seremos pouco atraídos pelas chamadas na TV para "Click".
Que pena, pois foi exatamente para pessoas como eu e você, que já passamos da idade de contar com quantas gatinhas e gatinhos conseguimos ficar numa noite na festa do cabeção, que este filme foi feito.
Desde a história e seus personagens, claramente baseados em Back to The Future, do Zemeckis, filme que marcou a adolescência de todos nós, passando pela trilha, que abre com um saudoso clássico dos anos 80, "Magic" dos Cars, "Click" cria o perfeito clima de nostalgia que usará para nos fazer sentir mesmo velhos o bastante para entender do que se trata a história, mas novos o bastante para usá-la em nosso favor.
A história? Bem... Se você for tão inteligente quanto eu acredito que seja, já que está lendo o AntiStress, vai entender que o tema principal não é a seqüência de caretas nem as situações cômicas, mas o conceito de "piloto automático" a que todos já estamos acostumados em nossas trintoquarencinquentonas vidas pré-programadas.
Se você ultrapassar a barreira imposta pelo marketing do filme, encontrará um filme inteligentíssimo, sensível e, poderia até mesmo dizer, chocante.
Basta entrar de cabeça na história, e esquecer o que os especialistas podem dizer a respeito disso.
É mesmo uma pena, o direcionamento errado de marketing em "Click"...
De outro jeito, talvez o filme vendesse menos, talvez tivesse um orçamento menor, mas te garanto... Mudaria as vidas de muita gente que busca ver no cinema boas idéias de forma leve e criativa, como eu.
Outros filmes mais profundos já abordaram este tema? Sim, eu posso lhe fazer uma lista imensa, passando por Magnólia e 31 Gramas, mas poucos que nos façam rir de nós mesmos e ter vontade de mudar tudo ao sair do cinema.
Sinceramente, eu paguei R$15,00 para assistí-lo. Se eu fosse melhor informado sobre como este filme aparentemente tolo poderia me fazer bem, talvez pagasse o dobro para entrar no cinema, se este fosse o preço.
Então, se você gosta de pensar por sua própria conta, fica a dica.
Um grande e atual exemplo disto está no recente lançamento no cinema de "Click", com Adam Sandler.
Estou certo de que milhares de adolescentes e casais de namorados terão uma experiência comparável a assistir um filme do Eddie Murphy na sessão da tarde, ao comprarem seus ingressos para "Click".
Sim, eles acharão a história engraçada, mas não conseguirão nem lembrar de que um dia assistiram a este filme.
Estou ainda mais certo de que a crítica terá muito o que falar mal de "Click", enquanto o estiver comparando a seus hypes independentes, ou mesmo a filmes do início de carreira do Sandler... Quem se importa?
Enquanto isso, nós, pessoas com mais de 30 anos de idade com alguma história de vida pra discutir e aquela constante batalha diária entre carreira profissional e vida pessoal, seremos pouco atraídos pelas chamadas na TV para "Click".
Que pena, pois foi exatamente para pessoas como eu e você, que já passamos da idade de contar com quantas gatinhas e gatinhos conseguimos ficar numa noite na festa do cabeção, que este filme foi feito.
Desde a história e seus personagens, claramente baseados em Back to The Future, do Zemeckis, filme que marcou a adolescência de todos nós, passando pela trilha, que abre com um saudoso clássico dos anos 80, "Magic" dos Cars, "Click" cria o perfeito clima de nostalgia que usará para nos fazer sentir mesmo velhos o bastante para entender do que se trata a história, mas novos o bastante para usá-la em nosso favor.
A história? Bem... Se você for tão inteligente quanto eu acredito que seja, já que está lendo o AntiStress, vai entender que o tema principal não é a seqüência de caretas nem as situações cômicas, mas o conceito de "piloto automático" a que todos já estamos acostumados em nossas trintoquarencinquentonas vidas pré-programadas.
Se você ultrapassar a barreira imposta pelo marketing do filme, encontrará um filme inteligentíssimo, sensível e, poderia até mesmo dizer, chocante.
Basta entrar de cabeça na história, e esquecer o que os especialistas podem dizer a respeito disso.
É mesmo uma pena, o direcionamento errado de marketing em "Click"...
De outro jeito, talvez o filme vendesse menos, talvez tivesse um orçamento menor, mas te garanto... Mudaria as vidas de muita gente que busca ver no cinema boas idéias de forma leve e criativa, como eu.
Outros filmes mais profundos já abordaram este tema? Sim, eu posso lhe fazer uma lista imensa, passando por Magnólia e 31 Gramas, mas poucos que nos façam rir de nós mesmos e ter vontade de mudar tudo ao sair do cinema.
Sinceramente, eu paguei R$15,00 para assistí-lo. Se eu fosse melhor informado sobre como este filme aparentemente tolo poderia me fazer bem, talvez pagasse o dobro para entrar no cinema, se este fosse o preço.
Então, se você gosta de pensar por sua própria conta, fica a dica.
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